terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Evento

Programe sua Vida

Você sabe o que deseja para seu futuro? Sabe como funciona seu cérebro e como conquistar seus desejos? Sabe que temos crenças que destroem a possibilidade de conquistar os teus sonhos? Eu posso te ajudar! Vou auxiliar você a fazer uma lista com seus desejos, numa linguagem que seu cérebro vai aceitar e aplicar a técnica de Theta Healing.

Venha bater um papo. Quando? Neste sábado dia 3 de fevereiro às 10hs, na Rua Comendador Coruja, 380 (rua em frente ao Shopping Total).

Psicóloga: Marilice Cachapuz

Título: Programe sua vida

2018 está só começando. Vai logo para a página do Face.

Técnica de regressão em reportagem para Zero Hora

Viagem Fantástica através da Memória
Matéria de Humberto Trezzi para o caderno Vida
Zero Hora de 20 de setembro de 1992

Penumbra, música new age e almofadas coloridas espalhadas pela sala. Cláudia está deitada num colchonete, olhos fechados, coberta por uma manta. Acaba de ser submetida à técnica de relaxamento mental. A respiração é quase inaudível e seu corpo está gelado, apesar do cobertor. Sentada ao lado dela, em posição de flor-de-lótus, está a psicóloga Marilice Cachapuz.

- O que se passa?

- Está quentinho. Não quero sair daqui.

Mais um momento e explode em choro convulsivo, com o rosto contraído em evidente desespero. A psicóloga recomenda calma, diz que o útero é assim, assegura que está tudo bem. Encosta a mão no peito da moça e avisa que vai lhe passar energia. Como que por encanto a face da paciente se descontrai. Ela se acalma, sorri e chora.

Marilice obtém concordância para prosseguir. O choro passa, mas a temperatura do corpo é cada vez mais baixa.

- Avise se surgir alguma imagem. Vamos tentar uma vida anterior.


A partir daqui, a viagem é clandestina. A ciência só admite regressão até a gestação. Psicóloga e paciente, porém, vão ultrapassar esse sinal vermelho para mergulhar na névoa cinzenta da experimentação, acompanhadas pelo reporte Humberto Trezzi.

Depois de tentar, em vão, obter respostas satisfatórias na terapia convencional, a psicóloga Marilice Cachapuz decidiu fazer a paciente Cláudia Dornelles regredir a uma vida passada. Primeiro ela passa pelo período que a ciência chama de regressão de idade. Logo após o trauma do parto e o choro, uma visão nova. Os 10 segundos seguintes demoram a passar. Cláudia afirma então que avistou um túnel, trancado por uma porta.

- Tenta passar. Você pode, incentiva a psicóloga com voz firme.

Passa-se outro intervalo até que Cláudia comemora em voz alta:

- Consegui.

A narrativa prossegue desenfreada, a jovem vomita frases soltas.

- A casa é grande, um baile, estou dançando. Tudo gira, estou tonta. Fugi de casa para me divertir. Danço com um homem mais velho.

- Você fugiu do marido para estar com outro?

- Só para me divertir, adoro dançar e ele não quer que eu saia. Sou muito fraca, doente. Nunca me deixam sair de casa.

Cláudia se vê dentro de um vestido longo e observa uma orquestra, que toca música clássica. – Há uma roda de mulheres falando de mim. Dizem que sou louca por deixar meu marido para vir dançar.

- Que língua as mulheres falam?

- Inglês. Estou na Escócia. Tenho 20 anos de idade.

A psicóloga pede uma data. Cláudia vê um número na cabeceira de uma cama. É 1902.

Silêncio na sala. Cláudia se agita.

- Estou tonta, vou desmaiar. Me levam para casa. Ninguém sabe o que eu tenho.

O choro volta forte.

- Não posso ter filhos, quero tanto. Estou fraca. Minha vida não tem graça, nem posso viajar.

A psicóloga pergunta como tudo terminou.

- Remédio. Tomei bastante. Não tenho mais esperança de sair. Planejei isso.

Cláudia coloca as mãos na garganta e começa a tossir, como se estivesse sufocando. O desconforto da paciente faz com que Marilice decida encerrar a sessão. Pede que a moça se concentre em uma luz violeta que simboliza mudança.

- Te despede dessa experiência negativa. Respira fundo. Sente o peso do corpo, parte por parte. Volta à vida.

Cláudia abre os olhos, pondo fim ao transe.



Nota: A bancária Cláudia Dornelles, 28 anos, se submeteu à terapia de regressão de forma voluntária, e não conhecia a psicóloga Marilice Cachapuz antes deste primeiro contato, ocorrido no Centro de Terapia Holística. Ambas foram apresentadas pela equipe de Zero Hora.


Reflexão

Reflexão de Ano Novo

As guerras nascem no espírito dos homens, e é nele, primeiramente, que devem ser erguidas as defesas contra o ódio”.
Frederico Mayor

Nesta época de festa, onde a humanidade comemora mais um ano da existência do homem na terra, após o nascimento de Cristo, gostaria de fazer uma reflexão do que foram estes quase dois mil anos.

Em 25 de dezembro estaremos festejando o nascimento de Cristo. Quem foi esta figura, cuja passagem sobre a terra determinou tantas mudanças?  O que tinha ele de tão especial?

Relendo um dos livros de J. J. Benites, Operação Cavalo de Tróia, encontrei um diálogo, que talvez nos mostre, em que este homem era especial, disse Cristo:

Vossa falta de capacidade e de vontade de perdoar vossos semelhantes é a medida da vossa imaturidade e a razão dos fracassos na hora de alcançar o amor. Mantendes rancores e alimentais vinganças na proporção direta da vossa ignorância sobre a natureza interna e os verdadeiros desejos de vossos filhos e do próximo. O amor é resultado da divina e intima necessidade da vida”.

O amor do qual nos falou Cristo há dois mil anos e “celebramos” a cada final de ano está completamente deformado pela visão separatista. A agressão, a violência, o apego e o orgulho com que vivem muitos dos habitantes deste planeta, se traduz, na maioria das vezes, por uma troca sutilmente calculista de carinho e prazer físico, de serviços recíprocos e de luta contra a solidão e o próprio sentimento de separatividade. Nesta visão deformada o ódio habita o interior das pessoas, enquanto as armas são um sinal exterior.

Com a proximidade do final deste milênio, inúmeras pessoas vem pesquisando uma forma de estabelecer a paz no mundo. Isto deve-se a insatisfação que um número cada vez maior de pessoas, vem apresentando, com as formas tradicionais de pensar, agir e sentir que ao longo dos últimos séculos está sendo imposto ao homem.

Pierre Weil, autor de muitos livros entre eles a A Arte de Viver em Paz, nos fala de uma quantidade muito grande de conhecimentos, acumulada pelo homem ao longo destes dois mil anos. Mas que, “sem sabedoria para usá-los, podemos destruir-nos e ao mundo que habitamos”. Estamos vivendo um tempo extremo, em que a fragmentação da ciência, filosofia, arte e religião chegou ao seu limite. Porém a mais ameaçadora das fragmentações é a que dividiu o homem em corpo, emoção, razão e intuição.

Felizmente uma nova concepção está se formando na consciência humana, ou melhor, antigos ensinamentos estão sendo resgatados. No início da era cristã o ser humano era considerado não dual, como uma totalidade corpo/alma/espírito. Ao longo destes dois mil anos, os cientistas percorreram as mais variadas hipóteses acerca do homem e sua forma de funcionamento.

Descartes, por exemplo, postulou que só poderia ser considerado como verdadeiro o que fosse evidente e que deveríamos dividir cada uma das dificuldades em quantas partes fossem necessárias para serem resolvidas, surgindo aí as mais variadas especialidades e a resultante fragmentação do homem. Nesta época a razão parecia dominar todas as formas de pensamento.

Porém, outro teórico, que escreveu sobre a Teoria da Relatividade, Albert Einstein, no início deste século, faz importantes descobertas no mundo da física.  A partir de sua teoria, outras descobertas foram surgindo. Stanislav Grof refere-se as descobertas da física quântica da seguinte maneira: “Ainda que, na vida prática, diária, o indivíduo pense em termos de matéria sólida, espaço tridimensional e causalidade linear, a compreensão filosófica da existência torna-se muito mais complexa e sofisticada, e se aproxima daquela encontrada nas grandes tradições místicas do mundo”. Na física moderna, o Universo passou a ser visto como algo dinâmico e indivisível, cujas partes estão essencialmente inter-relacionadas e só podem ser entendidas como modelos de um processo cósmico.

Ao voltarmos nossos olhos para esta nova concepção do Universo reencontramos as palavras de grandes filósofos que nos dizem desde a ano 2700 a.C.: “Enquanto Tudo está n’O TODO, é também verdade que O TODO está em Tudo. O Universo é mental: ele está dentro da mente d’O TODO.”

O entendimento desta máxima poderá fazer com que o verdadeiro amor brote no coração dos homens.

Quando a alguns anos atrás, ao conversar com um pastor Luterano, lhe disse que o homem nasceu para ser feliz, percebi uma grande surpresa em seu rosto, como se estivesse ouvindo esta frase, que para mim é uma verdade, pela primeira vez.   Passados alguns meses, voltou a perguntar-me se estava convencida, verdadeiramente, a cerca desta razão encarnatória do homem. Sem pensar muito, respondi-lhe: Sim, o homem nasceu para ser feliz e deve perseguir esta razão, com todas as suas energias.

Esta felicidade só será completa na medida que formos capazes de raciocinar com o coração e de sentirmos com o cérebro. Somente neste momento estaremos voltando nossos olhos para o caminho do amor: o único que conduz à verdadeira sabedoria.

O amor, “fecunda-se na compreensão, nutre-se do serviço generoso e aperfeiçoa-se na sabedoria”.

A qualidade essencial de qualquer sociedade humana deriva da qualidade do amor que une seus homens e mulheres”.
Dane Rudhyar


Artigo publicado no Jornal Exotérico em Dezembro de 1996.